quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Final feliz

Vocês lembram do história do gatinho que foi abandonado na semana passada que eu contei no post resgate frustrado? Ele foi encontrado e está temporariamente abrigado na casa do casal de idosos que tentou ajudar naquele dia e que, durante uma semana, não desistiu da busca. Na realidade, ainha há dúvidas se ele é um gatinho ou uma gatinha, porque na coleirinha (rosa dele, onde o telefone de contato do dono foi apagado) há um nome gravado que já está bem clarinho, que parece ser Dourado ou Dourada. Ele (a) é super-dócil e está agora esperando encontrar um lar definitivo, onde possa ser cuidado por pessoas responsáveis, que respeitem os animais. Se você quiser adotar essa fofura aí da foto, deixe um comentário aqui que eu entro em contato.

*P.S. Ainda não estive com o gato depois que ele foi resgatado. No sábado, vou levá-lo ao veterinário para checar seu estado de saúde e o sexo.

** P. S. O gatinho é macho, está castrado, saudável e sem marcas de maus tratos. É um amor!

domingo, 12 de setembro de 2010

Vira-latas - Os verdadeiros cães de raça

Bicho pelas ruas tem aos montes por aí. Eles não estão perambulando pelas calçadas porque querem, mas porque falta política pública e responsabilidade social para reverter essa situação. Ah, eu sei! Alguns vão dizer que eu deveria me preocupar com as crianças abandonadas. Eu me preocupo, também. Mas nem por isso vou achar normal alguém resolver abrigar um animal e depois jogá-lo na rua porque descobriu que dá trabalho ou não tem tempo para cuidá-lo.
O documentário Vira-latas - Os verdadeiros cães de raça fala sobre isso e vai além. O mundo é cada dia mais vira-lata mesmo!


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Resgate frustrado

O post hoje não tem graça nenhuma. É um desabafo, a forma que encontrei de divulgar o despreparo (para não dizer má vontade) de três representantes do Corpo de Bombeiros (quartel da Gávea) que presenciei nesta quarta-feira. Ao chegar do trabalho, por volta das 20 horas, ouvi os miados de um gatinho que estava "refugiado" numa árvore na praça interna da Selva de Pedra (entrada da rua Padre Achoteguy), no Leblon. Parei para ver o que acontecia e soube, por uma moça que já estava ali desde às 18h e que já tinha colocado ração em um pote para atrai-lo, que o pobrezinho havia sido abandonado de manhã por um infeliz que abriu a porta do carro e o colocou para fora (quem contou isso para ela foi um dos seguranças do local). Ao ver cachorros na praça, o gatinho correu para o alto das árvores e não soube mais como sair de lá.
Essa moça já havia ligado para o 193, mas não obteve uma ligação de retorno como prometido. Às 20h, uma outra moradora do local acionou novamente o Corpo de Bombeiros e conseguiu a promessa de que uma viatura seria enviada. Nesse meio tempo, eu vim em casa para pegar a caixa de transporte dos meus gatos para ajudar no resgate, uma vez que a essa altura o gatinho já tinha duas ofertas de casa.
Pois bem, os bombeiros que chegaram ao local, infelizmente deram um show de despreparo. Em primeiro lugar, não tinham equipamentos adequados para realizar o resgate: a lanterna que usaram iluminava menos do que o meu celular e a escada disponível não era longa o suficiente para alcançar o animal. Além disso, demonstraram uma visível má vontade para realizar a tarefa. Na primeira tentativa, se limitaram a aproximar do gatinho uma caixa de transporte que trouxeram na viatura achando que ele entraria ali por livre e espontânea vontade. Obviamente isso não aconteceu. Aí resolveram subir com a minha caixa de transporte, que tinha um pote com ração dentro, mas apenas conseguiram assustar ainda mais o animal, que correu para um ponto mais alto da árvore. Foi o suficiente para que desistissem do resgate. O argumento usado foi o de que não podiam colocar sua segurança em risco, que, se o gato havia subido ali sozinho, também desceria sozinho, e que quanto mais se aproximassem, mais o bicho correria para um ponto mais alto. Depois dos nossos inúmeros pedidos para que tentassem novamente, afirmaram que voltariam amanhã, porque à noite não era possível fazer nada. Para piorar, ainda esqueceram um dos instrumentos de trabalho (uma vara de madeira com um enforcador na ponta) no local. Telefonamos novamente para o 193 para comunicar o esquecimento e fomos informados que amanhã alguém retornaria ao local para buscá-lo.
O resultado desse desastre é que o gatinho continua lá no alto da árvore apavorado, sem comida ou água, passando frio e correndo o risco de pegar mais chuva, enquanto um simpático casal de idosos está ansioso por adotá-lo (a senhora disse que passaria a noite na janela de vigília) e uma outra moça, mãe de um menininho de um ano, também está na fila para oferecer a ele um lar.
Para mim, que sempre achei que os bombeiros eram heróis, foi uma grande decepção. É claro que não queria que ninguém colocasse a própria vida em risco e que vi que faltavam equipamentos adequados para ajudar no resgate, mas esperava pelo menos um pouco mais de preocupação e compaixão desses profissionais que deveriam ser os guardiões da vida alheia, mesmo que a vida em questão não se tratasse de um ser dito humano.
Deixei a caixa de transporte dos meus gatos lá, na esperança de que o gatinho consiga ser resgatado pelos seguranças do local, caso resolva descer para um galho mais acessível (espalhamos potes com ração nas árvores para atraí-lo). Enquanto isso, torço para que a noite não seja muito fria e a chuva não caia novamente. Quando isso tudo passar, o bichinho com certeza será acolhido com o carinho que merece. Já o infeliz que o abandonou, espero que quando precisar não encontre nem um galho molhado de árvore para se refugiar (ok, eu não sou uma boa cristã, capaz de perdoar uma maldade tão gratuita).

* A foto foi tirada no momento em que o bombeiro desistiu de resgatar o animal já com a caixa de transporte dos meus gatos (na segunda e última tentativa de fazê-lo).

** Desculpem pelo post mal escrito. O cansaço, a raiva, a tristeza e a decepção me impedem de raciocinar melhor neste momento (23h50 do dia 8/09/2010).