quarta-feira, 14 de maio de 2008

Flor


A eternidade não começa na morte.

Ela mora na capacidade

de plantarmos na vida que nos resta

a flor do parasempre.

Regá-la com as águas da boa lembrança

Dar-lhe juventude e sorriso

Vê-la sempre viçosa

Deixá-la, sem temor ou pena, em jardim alheio

Na hora que for preciso morrer.

A eternidade é o que em vida

Jamais conseguiremos esquecer.


Em maio de 2004, tive a honra de ganhar essa poesia de presente do meu querido amigo-irmão-poeta Jacinto Corrêa, num momento difícil da minha vida, em que precisei abrir mão da convivência diária com ele para seguir outro rumo profissional. O caminho, desde então, não tem sido fácil, mas a distância só aumentou a amizade e o amor que tenho por ele... A flor do parasempre ficou plantada em mim.

2 comentários:

Unknown disse...

Andrea,
adorei o blog,com textos inteligentes,interessantes e sensíveis.
Sempre que puder passo para dar uma olhada nas novidades.
Beijos.

jacinto correa disse...

Blois (C.)

Finalmente deu tempo de conhecer o blog e de dizer que você é mesmo uma das pessoas, se não a pessoa, mais elegante que conheço. O blog é uma prova disso. Escolhi comentar aqui em "Flor" porque jamais dei um título tão próprio a um poema dedicado.
Beijos
Jacinto