quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pela minha avó


Não sei o que é mais difícil: envelhecer ou ver quem se ama envelhecer e se tornar aos poucos uma criança. Há dois meses enfrento a triste realidade de ver minha avó em uma cama de hospital. Aquela mulher de temperamento forte, que ainda insiste em lutar para continuar viva, agora me parece um bebê que, por mais que eu tente, não consigo pegar no colo e acalmar da dor.
Observando meu pai nestes últimos 65 dias, percebi o quanto é difícil para um filho lidar com as fragilidades dos pais e ver essa relação de dependência se inverter. Tentando cuidar da minha avó, aprendi que a única coisa que se pode fazer nesse momento é dar todo o amor que se tem guardado no peito, sem questionamento ou impaciência.
Ela vai partir a qualquer momento, mesmo sem ela querer, mesmo sem meu pai aceitar, mesmo que eu ache que ainda é cedo. Isso não tem jeito. Mas a lição que fica é eterna.

2 comentários:

Evandro Varella disse...

É o ciclo natural da vida, nossa hora chegará também.
Mas se vc ainda pode fazer diferença , aproveite esse tempo.
Paz.

Anônimo disse...

amiga estou do seu lado, não tenho conseguido estar tão presente como gostaria, mas rezo e peço a Deus que continue te dando essa coragem , carinho e amor. beijos aninha