quinta-feira, 29 de maio de 2008

Amor de pai

Para Victoria, que veio ao mundo iluminar a nossa vida.

Porto Alegre, 29 de maio de 2008; 02:28

Você vai crescer
Vai descobrir as coisas
Vai inventar coisas
Vai desmistificar coisas

Eu estou aqui.. filha
Hoje e sempre estarei a teu lado
Eu sou a última folha que vai cair no outono
O último calor do verão

Nessa terra com o clima marcado que você nasceu
Estarei como ele
A teu lado... me adaptando aos obstáculos que a ignorância impôs
Mas sempre pronto a estar contigo

Ali.. no local estranho que você me chamar
Estarei eu
Sempre a te confortar
Porque nada é mais próximo de mim.. do meu eu.. que você!

Marcelo

Um comentário:

Anônimo disse...

A solidão quase sempre faz o homem se reencontrar com ele mesmo, com seus sentimentos reprimidos, com Deus, e até com a poesia que existe dentro dele, mas que, por medo ou timidez, insiste em guardá-la no pensamento. Victoria mostrou que por uma boa causa vale a pena lutar e fez desabrochar no pai um amor incontido, posto que espraiado na ternura dos seus versos.
Paulo Cezar